6 de fevereiro de 2012

Finder [Voice]. Carla Speed McNeil (Dark Horse)

A reedição nas mãos da Dark Horse da obra de Carla Speed McNeil, a sua saga Finder, é muito provavelmente uma oportunidade para esta autora chegar às mãos e aos olhos de mais leitores do que terá chegado com a sua própria chancela, a Lightspeed Press (apesar de, insidiosamente, ela ser conhecida por um larguíssimo número de agentes desta indústria), durante os últimos quinze anos. É também a oportunidade, com a leitura de Voice, o mais recente capítulo desta saga (na verdade, já se desenrola um outro, ao longo da nova vida da Dark Horse Presents), para podermos falar de uma das nossas autoras favoritas da contemporaneidade, quer no interior de um género (a ficção científica), quer na construção de um género próprio (a “FC aborígene”), quer no interior da banda desenhada enquanto meio. (Mais) 

Arrogando-nos da ideia de que Finder, que começou a ser auto-publicado pela sua autora em 1996, e que conheceu vários livros, ou “trade paperbacks” reunindo os vários “arcos narrativos” (isto é, histórias estanques no interior de um plano ou universo narrativo maior), é desconhecido de grande parte do público - não nos recordando ver uma sua menção no nosso espaço nacional -, e percebendo que não poderia haver melhor introdução sumária do que aquela feita por Douglas Wolk no primeiro volume antológico da Dark Horse (The Finder Library), traduzimos esse texto, que disponibilizamos aqui. Convidamo-los a lê-lo, e nós mesmos dialogaremos com ele neste longo texto.

Como muitos outros espectadores ou leitores de ficção científica (imaginamos), um dos primeiros factores que nos foi afastando desse género, ou melhor, que nos foi alertando para alguns dos clichés que se iam tornando problemáticos, ridículos e até insuportáveis, foi o da “monocultura”. Isto é, aquela ideia de que quando os heróis de Star Trek ou Star Wars chegavam a um novo planeta, encontram um só líder planetário, uma só espécie/raça (os “Guerreiros”, ou as “Raças espirituais”, ou os Wookies, etc.) ou até uma só paisagem (Tatooine). E isto independentemente de conceitualizações tais como a escala de Kardashev. Muito possivelmente este é um problema mais corrente em meios como a televisão e o cinema, dadas as limitações do tempo diegético permitido, e o nível de exploração a que se poderão abrir, já para não falar dos graus de sofisticação que a literatura deste género foi conquistando. Mas nada disto tem a ver com proximidade do nosso tempo, pois exemplos contemporâneos não escaparão a esta inércia: o filme Avatar é um caso dramático de mediocridade conceptual e pobreza cultural, tornado pior pela sua recepção acéfala.

A banda desenhada tem, como se sabe, uma relação com a ficção científica muito forte, dado os graus de fantasia visual a que ela se pode entregar e, dessa maneira, devolver de modo imediato a maravilha da imaginação dos seus criadores. É o que passa em Finder, de uma maneira demasiado complexa para conseguir apresentar uma súmula que lhe faça justiça. Além disso, sublinhando de novo esse aspecto, a ficção científica, a high-fantasy, e outros géneros particularmente votados à construção de mundos, têm uma característica singular, que é a do grau de atenção para com os mais ínfimos pormenores desse mundo, atenção essa exacerbada em relação àquela que é dedicado ao nosso mundo. Quantas vezes dedicaremos nós, seja na vida real seja na ficção realista, à explicitação da divisão do dia em dois blocos idênticos de doze horas? Ou a maneira como utilizamos um passe ou a rede de transportes públicos? Ou explicar o “ritual” de soprar sobre um pão que caíra no chão para “afastar os micróbios”? É precisamente esse tipo de atenção que estas ficções dedicam aos seus pequeníssimos elementos, e McNeil fá-lo quer no decurso da própria ficção quer nas notas finais em cada volume que coadjuvam a essa mesma construção (como Wolk aponta, a leitura das notas deve ser feita numa releitura, mas a sua existência torna-as parte integrante da leitura principal, ainda que de modo diferente de outras experiências de extensão informativa na banda desenhada, como as notas de Alan Moore em From Hell, os materiais “secundários” em Watchmen, ou as notas de um Dave Sim).

As discrepâncias em relação a estádios de desenvolvimento das culturas que vemos na saga de Finder - tecnologia avançadíssima de realidades virtuais contrastando com rituais mágicos, integrações tribais contrastando com uma vasta panóplia da expressão humana, a dependência quase total nuns casos e individualismos extremos noutros - não nos devem surpreender, já que eles existem no nosso próprio mundo de formas radicais. Simplesmente a “construção de mundo” de Finder é atenta de um modo clarividente. Apesar de nunca ser totalmente claro, existem pistas que dão a entender que aquele é o nosso mundo, num futuro distante o suficiente para que tenham apagado as raízes da cultura, para que tenha havido um corte radical no tecido da história, com sobrevivências estranhas. A coabitação de vários estratos societais, de clãs ou castas, algumas das quais organizadas de acordo com princípios étnicos, genéticos, torna tudo isto num exercício conceptual muito complexo. As teorias pós-coloniais ajudariam em muito a uma sua leitura académica … E se tomarmos em conta a ideia de “comunidade”, como entendida pela teoria contemporânea dos estudos culturais, veremos que ela existe em Finder, mas raramente ganha um valor positivo. Bem pelo contrário, a presença dos clãs sublinha o aspecto exclusivista, egoísta de cada um, e mesmo os seus membros individuais nunca põem em questão os seus princípios de casta, hierarquia, e fechamento. Existem excepções, claro (o chefe Coward dos Ascians em "King of the Cats"), mas o facto de serem apenas as protagonistas Grosvenor - uma família à qual se prestará muita atenção ao longo dos arcos, alguns dos quais centrados nessa família exclusivamente - que preenchem esse papel fortalece esse aspecto negativo da comunidade: afinal, sendo personagens principais, são elas a excepção de interesse.

Aliás, a personagem principal de Voice, Rachel Grosvenor, havia surgido na primeiríssima história de Finder, a saber, “Sin-Eater” (agora disponível no volume 1 do Reader publicado pela Dark Horse), como uma pré-adolescente; agora é uma mulher a entrar na vida adulta. Esta é apenas uma das valências que a obra de McNeil oferece: acompanharmos o crescimento d(e algum)as personagens, incorporando assim na obra global ainda um outro género, o do Bildungsroman, que a autora aponta como sendo usualmente populado por figuras masculinas, e desta forma ela sublinha aquela possibilidade que G. Spivak propusera nos seus famosos ensaios: a recuperação da sua própria voz por todos aqueles que eram vistos como “subalternos” numa sociedade hegemónica e que se pretende transparente não-marcada - o que significa, as mais das vezes, masculina, branca, poderosa, rica, ocidental, cristã-judaica, etc.

Mas na verdade, e como Wolk também parece começar a descrever, se uma palavra tivéssemos de escolher para descrever Finder em termos de género narrativo/literário, essa palavra seria “tudo”. De facto, não há, pelo menos em termos potenciais, nenhum género que Finder não cubra, não tenha coberto ou não venha a cobrir no seu desenvolvimento, mesmo que alguns deles tenham sido apenas referidos en passant, e possam não ter uma forma embrionária mas tão-somente metonímica, sem mais. Poderíamos dizer que a base geral da sociedade destas histórias, como a cidade de Anvard, é em tudo idêntica à nossa, e há muitos aspectos - algumas tecnologias, comportamentos societais, distribuições de papéis culturais, facetas económicas e biológicas, etc. - coincidentes sem qualquer desvio. Mas depois acrescentam-se domínios que parecem beber de fontes díspares, senão mesmo incompatíveis, como elementos provindos da high-fantasy (criaturas maravilhosas, híbridas, magia, clãs divididos por funções, substratos religiosos, etc.) e outros da ficção científica (equipamento futurista, extensões ciborgues ou electrónicas do corpo humano, aspectos arquitecturais, “construções” orgânicas que cruzam seres humanos e animais, etc.), e outros ainda de outros quadrantes, como a cultura furry, os concursos televisivos contemporâneos norte-americanos, já para não falar de clins d’oeil directos à literatura, ao cinema, à música e, claro, à banda desenhada do “nosso” mundo. No que diz respeito à banda desenhada, encontram-se referências directas - figurações citadas, personagens de fundo - desde o círculo independente, como Omaha The Cat Dancer de Reed Waller, à mangá e animé de todos os azimutes, com particular destaque para Miyazaki, passando mesmo, como no caso de Voice, pela ilustração de Richard Scarry! Mas é claro que também poderíamos dar início a um exercício de procura de obras com as quais McNeil estabeleceria afinidades profundas. No entanto, pensamos que não valerá a pena fazê-lo, por duas razões: primeiro, por a multiplicação poder ser infinda e, logo, imprestável; por outro, porque a própria autora, nas notas finais de cada capítulo apontar muitas das raízes ou ligações possíveis com outros seus colegas ou influências. É na história intitulada "Dream Sequence" que as questões de originalidade, acto criativo, influência, etc., são debatidos explicitamente, e a autora tem uma visão equilibrada, saudável e inteligente: ela sabe que a cultura não é composta de unidades isoláveis e discretas, mas por mutações mínimas num contínuo incessante. Há uma associação, porém, que é inevitável (e que Wolk também faz), e que é aquela possível de fazer com a obra dos irmãos Hernandez, especialmente da de Jaime. As afinidades são claras, quer a nível visual e composicional, quer a nível narrativo e estrutural.

O olho clínico de McNeil encontra-se em pequenos pormenores de expressividade facial e corporal, que nada têm a ver com estratégias icónicas (se bem que ela utiliza muitos pin-ups, as mais das vezes baseadas em outras imagens famosas). As personagens nunca são belíssimas ou fortíssimas, estando o carisma delas relacionadas com características de comportamento - mesmo Jaeger (a quem regressaremos). Mas é essa atenção especial que fazem de um rosto humano um sinal individual que se encontram as suas forças. E, por vezes, é capaz de fazer revelar igualmente questões de representação social mais profundas, como esta cena em que Rachel retira a maquilhagem exigida nas apresentações das Llaverac e, ao mesmo tempo, é uma espécie de crítica e desvendamento da capacidade dessas técnicas de beleza transformarem por completo um rosto.

A mestria narrativa e estrutural também não é de somenos importância. A tessitura que cria ao fazer regressar personagens que eram secundárias numa história para ganharem mais protagonismo noutro arco, ou que antes eram principais e depois são relegadas a “cameos” é uma das forças de tressage de McNeil, as quais fortalecem o conjunto de Finder. E pormenores como aquele que opera nesta página dupla, abrindo e fechando a composição, são igualmente marcantes.

Perguntamo-nos se não é essa a razão que leva a que encontremos McNeil a participar como artista em projectos que tocam alguns dos temas explorados em Finder, como um capítulo de Wasteland, de Antony Johnston (clãs e “povos” batalhando-se, questões de identidade, religião, sexualidade), Apparat/Frank Ironwine, de Warren Ellis (um curioso encontro entre dois autores com interesses comuns sobre métodos rito-holísticos num tempo imerso em tecnologia), ou o capítulo “Storm Front” no Queen & Country de Greg Rucka (cuja atenção é mais dedicada aos bastidores do que ao palco de acção nesta mescla de romance de espionagem e vida doméstica, e com uma personagem feminina nada estereotipada).

Voice é um pequeno volume centrado em Rachel, mas apesar de cada um dos “arcos” se passarem em lugares diferentes (e, adivinhamos, pois não é claro, tempos diferentes), há uma presença quase constante: Jaeger Ayers, bastardo descendente dos Ascians (imagem semi-velada dos índios norte-americanos, com outras referências à mistura), e que é, a um só tempo, “bode expiatório” dessa cultura (ou sin-eater), e uma espécie de batedor (ou finder). Curiosamente, atravessando todos livros, sendo mesmo ele quem dá o nome à série, é menos uma personagem desenvolvida como as outras do que uma espécie de função agregadora dos eventos e transformação dos factos. Se bem que ele-mesmo surja como personagem principal em "Sin-Eater" e "King of the Cats", noutros títulos ele surge apenas como imagem (esvaziada), ora de projecção dos medos de Magri White em "Dream Sequence", ora espécie de símbolo e memória em "Talisman", e referência (sob a forma de memória) recorrente em Voice. É o seu rosto, corpo e alguns traços de personalidade que são recombinados para surgir nessas outras funções, mas não é o próprio Jaeger.

Mas para além de ele cumprir vários papéis nessas narrativas e, na saga, seja ele o foco de tensão sexual (a autora vai revelando nas notas o valor que ele ocupa enquanto sex symbol), explorando num misto de cliché e de variações curiosas do “homem misterioso”, “selvagem”, etc., há, a nosso ver, e através de uma outra via de pesquisa intelectual muito produtiva, parece-nos, a possibilidade de encontrar em Jaeger sinais que o aproximam do Super-homem de Nietzsche, o Übermensch. Não tanto como figura que acabará por conseguir impor a sua vontade sobre uma sociedade, nem como princípio de transcendência simbólica que pode exercer algum fascínio sobre os restantes, que jamais foram os princípios que dirigiram a noção de Nietzsche, mas as suas corruptelas subsequentes, mas como alguém que se pauta somente pela sua própria Vontade de Poder (Wille zur Macht), isto é, alguém que extrai a sua energia da realidade numénica do universo.

O Super-homem é alguém que sacrifica a sua própria felicidade em nome daquela mais geral da humanidade, mas sem qualquer tipo de abnegação mergulhada nas transcendências religiosas. E é essa mesma a função dupla que Jaeger tem, enquanto “finder” - uma espécie de escuteiro que resolve determinados problemas ou remove obstáculos (não é por acaso que "Sin-Eater" abre com uma cena dele deitado numa estátua de Ganesha, deus desse mesmo território, e sinal de auto-desejo de McNeil no início do seu trabalho) para a comunidade - e enquanto “sin-eater” - bode expiatório dos pecados ou crimes de um membro da comunidade. Escrevemos comunidade, mas recordamos que esta nunca é a mesma, mas antes aquela em que ele se insere no momento de cada história - agora a família Grosvenor, depois os Ascians, etc. “Que interessa a felicidade? Há muito tempo que me deixei de preocupar com a felicidade. Preocupo-me com a minha função” (Assim falava Zaratrusta, IV-2). O Super-homem actua nas margens da sociedade, não lhe segue as convenções, inclusive (ou sobretudo) as da moralidade, ele está “para além do bem e do mal”. Jaeger nunca segue as regras esperadas, sejam essas as de comportamento, de expectativas ou até mesmo o modo como os cidadãos de Anvard se devem mover no espaço da cidade: ele utiliza atalhos, rotas alternativas, corta a direito. A sua natureza mista, racial, étnica, de papéis societais, também o aproxima desse complexo conceito de Nietzsche pelo facto do Super-homem estar acima, ou melhor, além, über, das identidades de classe, de nação, de crença, e até mesmo na própria natureza do homem. Claro, isso não é totalmente líquido, já que o seu papel sexual, por exemplo, é acentuadíssimo enquanto masculino, sem que se torne um símbolo de uma homofóbica ou misógina heterossexual idade. Apesar de termos encontros sexuais explícitos ("Mystery Date" e "Five Crazy Women"), há mais uma permanente tensão sexual entre Jaeger e muitas das outras personagens, e em "Dream Sequence" mostra-se um momento na cronologia da saga que o coloca lado a lado a uma mulher e a filhos (não parece, porém, que esteja “domesticado”).

Jaeger parece ser a única personagem verdadeiramente altruísta; não é que o altruísmo seja um sinal do Übermensch, mas estará relacionado com um desprendimento do conforto burguês dos “últimos homens” de que Zaratustra também fala. Isso logo à partida anularia o seu exercício de uma vontade de poder, entendida de um determinado modo, pois ele não procura, em qualquer das suas relações, impor-se sobre um outro. Ele tem ganhos, sem dúvida, mas as mais das vezes são de uma simplicidade desarmante: um tecto, um prato de sopa, um novo casaco. Não queremos, portanto, dizer que ele é o Übermensch (ainda que tenha características físicas que o tornam “acima” dos humanos), mas é pelo menos uma braçada à frente da corda que leva até ele. É evidente que esta leitura exigiria mais argumentação quer da parte filosófica quer da parte da cuidada análise da personagem (e podemos dizer estar a fazê-lo para um trabalho no futuro próximo), mas sentimos haver alguma possibilidade disso pela intensidade com Jaeger parece viver.
Retornando ao enquadramento geral da saga, um dos importantes contributos de McNeil revela-se junto ao grupo de distopias na ficção científica (mas não são todas?), e o seu desdobramento através de outras qualificações e géneros. A Distant Soil, de Coleen Doran, e Crystal Night, de Sharon Rudahl, são outros exemplos famosos na banda desenhada de ficção científica - o primeiro, uma saga tão alongada quanto a de McNeil, o segundo uma mais breve mas densa narrativa - , e também criados por mulheres, o que não é displicente se tivermos em conta a atenção que é dada precisamente aos papéis sociais assumidos pelos sexos, e pela forma como as autoras vão mesmo além de uma heterossexualidade simples e aparentemente transparente. Um outro possível cotejo far-se-ia com Powr Mastrs, de C.F., mas onde o confronto FC/fantasia neste autor é críptico e se associa a um outro tipo de registo (psicadelismo, experimentalismo formal), McNeil opta por um nítido programa narrativo.

O material reunido neste trade paperback foi na verdade publicado antes no site da autora, onde ela o disponibiliza em livre acesso. Aliás, esta é uma realidade que, ao contrário do tom apocalíptico que por vezes atravessa certos sectores da indústria do livro (não sem razão, porém), tem mostrado alguma saúde: há cada vez mais autores que, depois de terem publicado online as suas histórias, encontram possibilidade de editar o mesmo material em papel, o que lhes permite chegar a um novo público, ou a uma nova leitura pelo público, e uma consideração mais alargada. Um recentíssimo exemplo é o do livro de um autor australiano, Pat Grant, Blue (de que esperamos falar em breve); outro é o livro de N. Gurewitch, de que já falámos, mas estes juntam-se a muitos outros.
Como se compreenderá, estas notas não são suficientes para explorar este(s) tema(s) e personagens, pois exigiria uma investigação mais desenvolvida, sustentada, exaustiva e ponderada. Não ficam mais do que apontamentos...

Como dissemos repetidamente, a autora tira partido dos vários modos narrativos, de representação e estruturantes de que a banda desenhada dispõe, colhendo vários regimes sintácticos e organizativos para dar a lume um mundo variegado de emoções, personalidades, focalizações e graus de proximidade/afastamento do mundo ficcional. Operando no interior de um regime narrativo relativamente nítido - quer dizer, McNeil não procura uma exploração formalista experimental no seu sentido mais restrito, de processo e isolamento estético, mas antes subsumido sempre a um sentido último da “história” -, Finder acaba por se revelar uma obra de grande complexidade, que mesmo uma longa e aturada análise não esgotaria de revelar nas suas camadas.
Nota final: agradecimentos a Douglas Wolk e à Dark Horse, pela permissão do uso da introdução ao 1º volume. Ainda, obrigado a Joe Sanders.

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